A inovação tecnológica está acelerando a um ritmo que torna quase impossível aos dicionários modernos acompanharem. Novas palavras e termos tecnológicos nascem com a mesma velocidade dos fotônicos de silício (ver abaixo). Algumas perdem a força e tornam-se palavras de efeito, sem muito significado, mas muitas delas transformam-se em gíria que ajuda a entender a Era Digital.
“Todos os anos, uma nova terminologia tecnológica aparece e desaparece das mentes dos consumidores”, disse Ben Wood, Vice-Presidente de Pesquisa da CSS Insight. “Embora a maioria das pessoas possa ignorar o excesso de vocabulário, alguns termos continuam a fazer parte do nosso vernáculo. Vale a pena aprender esses termos se desejarmos nos manter informados acerca das últimas tendências tecnológicas.”
Apresentamos uma lista de vocábulos técnicos que estão passando do anonimato para a realidade. Da mesma forma que idiomas evoluem, essas definições também evoluirão à medida que seu uso coletivo e as novas tecnologias avançam.
Inteligentes e conectados
Carro autônomo é o mesmo que “automóvel sem motorista” e “carro robótico”. Um carro autônomo é um veículo capaz de perceber o ambiente e navegar sem participação humana. Ele pode detectar seu entorno usando uma diversidade de tecnologias, tais como radar, LIDAR, GPS, odometria e visão de computador. Os carros autônomos requerem recursos completos, de trava de porta a data center, inclusive computação incrivelmente robusta no interior do veículo, conectividade 5G, interface ser humano-máquina e um data center capaz de dar suporte e analisar volumes de Big Data sem precedentes e modelos de aprendizado de máquina com uso intensivo de memória.
Big Data é a análise de volumes de dados extremamente altos a fim de descobrir padrões, tendências e associações, especialmente relacionados ao comportamento e às interações de seres humanos.
Uma Nuvem é uma rede de servidores que trabalham juntos para processar, armazenar e recuperar informações via internet. Ela é capaz de executar uma série de aplicativos com mais eficiência e confiabilidade do que um único servidor. As nuvens podem ser públicas, permitindo que indivíduos ou organizações “aluguem” recursos de computação, ou privadas, pertencentes a uma única organização para seu uso exclusivo.
A Internet das coisas (IoT, na sigla em inglês) é o que faz com que objetos tradicionalmente desconectados tornem-se “inteligentes”, graças à capacidade de se conectarem à internet. Entre as “coisas” conectadas estão termostatos domésticos, rastreadores de peças de vestuário no varejo e carros equipados com internet. Uma vez conectadas, essas coisas têm o potencial de serem controladas e gerenciadas remotamente e de gerar dados que possam ser analisados e visualizados para entendermos melhor suas condições de funcionamento e o ambiente à sua volta.
Chips fotônicos de silício referem-se a dispositivos ópticos feitos de silício e luz (fótons). Eles são capazes de movimentar imensos volumes de dados a velocidades muito elevadas, com consumo de energia extremamente baixo, por uma fibra óptica fina em vez dos cabos de cobre tradicionais. A tecnologia movimenta os dados literalmente à velocidade da luz.
5G é a próxima evolução da tecnologia sem fio. Ela converge 2,5G, 3G, 4G, LTE e Wi-Fi e está preparada para transformar a maneira como as pessoas e as coisas digitais se comunicam e interagem com o mundo.
Máquinas inteligentes
Inteligência artificial (IA) é um ramo da ciência da computação no qual as máquinas podem sentir, aprender, pensar, agir e adaptar-se ao mundo real, ampliando a capacidade humana, automatizando tarefas enfadonhas ou perigosas e ajudando a solucionar alguns dos nossos problemas sociais mais desafiadores.
Aprendizado de máquina (AM) é um subcampo da IA, no qual os computadores são capazes de acumular e processar um imenso volume de dados que lhes permitem criar algoritmos matemáticos que habilitam os computadores a agir ou “pensar” sem serem explicitamente orientados a realizar determinadas funções.
Aprendizado Profundo (AP), um subconjunto do Aprendizado de Máquina, utiliza modelos de redes neurais para compreender grandes volumes de dados. O aprendizado profundo pode acelerar processos como reconhecimento de imagem, processamento de linguagem natural e outras tarefas complexas orientadas por dados. Ele é, por exemplo, a tecnologia por trás do recurso de reconhecimento/marcação facial nas redes sociais e será crucial para tornar possível a experiência de direção autônoma.
Variações Digitais da Realidade
Realidade virtual (RV) é o que faz com que o computador crie um ambiente completo que a pessoa vê, geralmente com o uso de óculos ou outro “Head-Mounted Display” (HMD). Os usuários podem experimentar sensações como estar na lua, atirar em asteroides no espaço ou caminhar no fundo do oceano.
Realidade Mista é onde os mundos digital e físico se encontram, onde os objetos físicos e digitais coexistem e interagem em tempo real.
A Realidade Mesclada descreve as ferramentas tecnológicas necessárias para criar novas experiências imersivas e representações digitais do mundo físico (ver gráfico).
No Fórum de Desenvolvedores Intel desta semana, o CEO da empresa, Brian Krzanich, disse que “a realidade mesclada afetará profundamente nossa maneira de trabalhar, de nos divertirmos e nos comunicarmos.” Ele anunciou o Projeto Alloy, que elevará a Realidade Mesclada a um patamar inteiramente novo – com headsets livres e possibilidade de mergulhar em um mundo virtual.